MAIS UM MOMENTO DIFICIL...
Há exatamente dois anos nós estávamos passando por
outro momento difícil com nossa flor e estávamos em plena campanha para irmos
com ela para um tratamento... deu certo... Deus é maravilhoso... e tudo deu
certo...
Vivi já estava a um bom tempo bem... exceto pelas
crises alérgicas, mas isso a gente já aprendeu a lidar e cuidar dela em casa
mesmo.
Mas agora, surgiu dois novos problemas para
enfrentarmos, um deles mais grave e mais urgente que o outro.
Ela começou a ter um comportamento diferente do
normal e não sabíamos direito o que era... ela não estava conseguindo ficar
sentada...esticava muito as perninhas e começamos a ficar apavorados sem saber
o porque...
Como ela já tinha uma consulta agendada com o
ortopedista, fomos. Lá descobrimos em um raio x que ela está com o quadril
deslocado.
Se para os médicos isso é “normal”, para nós pais
foi apavorante.. saímos de lá desnorteados.
E a partir desse dia foi que compreendemos o que ela
estava sentindo e não tínhamos identificado antes...
Nossa, que barra...
Ver minha pequena sentir dor é demais para mim.
No auge do meu desespero e sensação de impotência,
cheguei a pedir a Deus que se fosse da vontade dele que desse um descanso a
ela, o que não suportaria era ver minha florzinha sentir tanta dor...
Mas nessa mesma noite em que pedi isso, entrei em pânico...porque
quando parei pra pensar eu vi que não suportarei ficar sem ela... mas é
desespero... eu só não queria e não quero ver minha flor assim...
Ainda procuramos outro médico, especialista em
quadril, que foi super atencioso, mas que sugeriu um tratamento com toxina
butolinica...mas infelizmente aqui não faz. Até faz aplicação da toxina, mas no
caso de Vivi precisa ser com eletro estimulador que aqui não tem.
Então diante disso, vendo nosso sofrimento diário,
os amigos mais próximos, começaram uma campanha para nos ajudar a ir pra São
Paulo, onde a Vivi já fez tratamento.
A principio fiquei sem graça, porque quando se trata
de campanha, tem sempre aquelas pessoas que criticam... mas por outro lado eu
não tenho que pensar, muito menos me preocupar com o que as pessoas dizem,
principalmente as que não nos conhece, as que não sabem da nossa realidade.
Trabalhamos sim. Mas o que ganhamos não é o
suficiente para fazermos uma viagem dessa, de última hora. Então, se é para o
bem dela, exclusivamente para ela, eu não me envergonho dessa campanha. Pelo contrário,
eu me orgulho dos amigos que tenho.
E vamos em frente, torcer para que tudo dê certo e
que mais uma vez nós possamos amenizar os problemas da nossa menina.